Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sobre Paiva Brasil em matéria da Folha

Li hoje,(dia 9), matéria na Folha de ontem, sobre exposição do pintor Paiva Brasil, 80, no Museu Nacional de Belas Artes. Ele nasceu em Saturnino Braga e que saiu de Campos porque ele e seu pai perceberam que "não teríamos recursos para ampliar nossos estudos", pois na época, não havia escolas de arte e museu e que, atualmente, Campos "não difere muito daquele período". E o que mis o entristece é que nunca teve apoio do governo municipal para fazer exposição em sua cidade. Ao mesmo tempo, diz que foi muito difícil sobreviver como artista plástico, inclusive para comprar material, que era muito caro. E só começou a ser reconhecido "nos anos 60". Muito bem. Só que gostaria de fazer algumas considerações, não porque estou à frente de uma Fundação Cultural, mas porque não tenho mais paciência paara ouvir lamento acusatório de artistas. Não é de hoje. Do primeiro governo Garotinho para cá, ou seja, há 20 anos, a cultura na cidade não deixa a desejar a nenhuma cidade de médio porte. SESC, SESI, Palácio da Cultura, Teatro de Bolso, Teatro Trianon, Academia Campista de Letras, Academia Pedralva Letras e Artes, universidades, são instituições que, permenentemente abrem espaços para os artistas, promovem debates, cursos, seminários, exposições, encontros musicais...só o teatro sofreu com os anos e que agora estamos recuperando, com o curso permanente de teatro. Fora as instituições citaadas e outras similares, outras entidades promovem cultura e a própria Folha tem apoiado diretamente e divulgado manifestações culturais diversas. O que constato é a choradeira daqueles que desejam viver só com apoio da Prefeitura. Não é o caso do Paiva Brasil e de muitos artistas que conhecemos. Mas uma grande parte foi mal acostumada e realiza projetos já pensando em vender para a municipalidade. Outros qquerem cachês como se salários fossem. O que qualquer artista deve fazer, quando pretende algo do poder público (ou de qualquer instituição) é apresentar seu projeto, sua proposta, sua solicitação. Do outro lado, ou seja, por parte das instituições, cabe a análise da proposta e a sensibilidade para saber o que aprovar. Não sei de nenhuma solicitação de Paiva Brasil na Secretaria de Cultura ou na Fundação Oswaldo Lima. Não vejo porque não promover uma exposição de Paiva Brasil em Campos. Só não se pode admitir é que ele ou qualquer outro diga que Campos não mudou nos últimos 45 anos. E é isso que o artista diz textualmente. E, quando ele diz que não teve apoio para faazer uma exposição aqui, devertia ser mais explícito. Ou seja, se ele pediu e foi-lhe negado o apoio. E, se isso ocorreu, qual o motivo alegado. Quanto ao Museu, realmente não temos um digno da nossa cidade. Em breve teremos e a prefeita Rosinha tem feito o investimento necessário para que isso ocorra o mais rápido possível. Com a saída da Educação do Palácio da Cultura, vamos restaurar o prédio e reabrir o salão de artes que é digno de qualquer cidade de médio porte. Todavia, a própria Oswaldo Lima e o Trianon têm promovido exposições permanentemente. Não há mínima razão para que Paiva Brasil tenha declarado à Folha o "abandono de Campos".

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