Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Quem se lembra do governo Mocaiber?

O tempo passa e o passado cai no esquecimento. Mocaiber desistiu da candidatura e alguns comentadores lamentam (pelo menos pareceu que sim) como se ele nada tivesse feito para sujar sua ficha. Não afirmam, mas insinuam que seu caso seria similar ao de Garotinho ou Rosinha.

Quem se lembra do governo Mocaiber? Alguém em sã consciência pode dizer que tudo aquilo que o Ministério Público (Federal e Estadual) apurou é invenção? Alguém em sã consciência pode dizer que a sugestão do Tribunal de Contas, de que a polícia deveria prender os gestores é devaneio? Alguém em sã consciência pode dizer que a roubalheira descoberta em seu governo, que gerou prisões na Telhado de Vidro, foi invenção da Polícia Federal?

Como ousam esses comentadores em comparar, mesmo que sob o manto de insinuações, seu caso com o de Rosinha e Garotinho? A mídia covarde e os detentores do poder, principalmente o judiciário, tentam colocar todo mundo no mesmo balaio, mas a verdade sempre vem à tona. Ou seja, acusam e condenam inocentes e culpados e fazem ver ao povo que político é tudo igual, gente da pior espécie, que se locupletam do erário público.

Isso é péssimo para a democracia, para o Estado de Direito. Mas eles fazem, com a maior cara de pau. Os políticos, por sua vez, não respondem à altura e não acusam o judiciário. Quando o fazem, raros são os casos, salvaguardam a maioria, salvaguardam a instituição e ainda dizem nela acreditar. Receio de perseguição, pois não há poder sobre o judiciário, que atua sem nenhum controle externo.

Dessa maneira, comparam Garotinho a Maluf, Rosinha a Mocaiber e Arnaldo. Mesmo que saibam da grande diferença entre eles, tentam colocá-los no mesmo balaio. Quem tem culpa se cala, desiste ou, com muito dinheiro, compram ou tentam comprar a inocência. Quem não a tem, luta abertamente para provar a inocência, não só nos tribunais, mas nas ruas, mostrando ao povo a verdade, as perseguições por motivos políticos e ideológicos.

Por isso Garotinho resiste, responde, critica, mostra o outro lado do judiciário, da mídia perversa. E se une ao povo (o que Mocaiber e Arnaldo não tem coragem de fazer, porque devem e, por isso, temem).

Um comentário:

Anônimo disse...

Arnaldo em sua campanha p/ prefeito2008, desafiava garotinho para um duelo de votos , a grande oportunidade está aí para deputado federal, onde numa eleição proporcional se terá um esboço desta capacidade de votos.