Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mais um juiz é ameaçado de morte no Rio

Sob o título: "Beltrame, mentiroso e covarde, Garotinho postou em seu blog:

Reprodução de manchetes do Extra e de O Dia

O secretário José Mariano Beltrame deveria ter vergonha. Mas agora se explica um dos motivos do seu silêncio diante do caso do assassinato da juíza Patrícia Acioli. Ele sabe que os seus procedimentos nesse caso não foram corretos, muito pelo contrário, e que tem muito que explicar sobre tudo isso.

Mas o pior de tudo é Beltrame dizer que não se lembra de ter conversado com a juíza. O que é isso secretário? São tantos casos assim de juízes que o procuram no gabinete para relatar ameaças de morte e denunciando que pessoas da secretaria estão fazendo jogo duplo com bandidos? Como é que se esquece uma coisa dessas, que aconteceu em 2009?

Mas querem ver o cúmulo da falta de caráter? Beltrame insinua que a juiza mentiu no seu ofício, onde escreveu que ele lhe teria dito, que com as informações que dispunha, em uma semana, o contraventor que a ameaçava estaria preso. É fácil, e covarde também, querer agora jogar culpa em cima de uma pessoa morta. Vergonha!

Aliás, Beltrame, a juíza denunciou que alguém do setor de Inteligência estava passando informações para o contraventor suspeito de ter mandado matá-la, isso em setembro de 2009, até agora não conseguiram nada passados quase dois anos. Dá para entender porque a polícia não consegue prender nenhum bandido “de repercussão” como cobra a delegada Marta Rocha. Quem Beltrame quer proteger?

Mas a imprensa ainda não tocou num ponto fundamental. Por que a segurança da juíza foi reduzida em 2007? Essa pergunta quem pode responder é Cabral e Beltrame. Todos se lembram que Cabral e Beltrame anunciaram que os policiais que estavam cedidos a órgãos, instituições e parlamentares voltariam para os quartéis. Foi nessa época que reduziram os policiais cedidos para a segurança de juízes.

Mas engraçado que não podiam manter policiais na proteção de Patrícia Acioli, sob o pretexto, sim pretexto, de aumentar o efetivo nas ruas, mas, no entanto, conforme foi noticiado, na eleição de Paulo Maria Mole para a presidência da ALERJ, Cabral e Beltrame cederam policiais militares para os gabinetes de deputados como um agrado por votarem no candidato do governo. Ou seja: para os deputados amigos podem ceder policiais militares que não fazem falta no policiamento, mas para garantir a segurança da juíza não podiam. O resultado está aí.

Mas fico impressionado como agora ninguém se lembra de nada, nem dos pedidos por mais segurança feitos pela juíza. É surreal. Como escreveu o desembargador Siro Darlan, só falta dizerem que a juíza praticou o suicídio com a caneta que levou para a cadeia dezenas bandidos, muitos que envergavam a farda da PM. Quanto ao secretário Beltrame, a sua falta de caráter fala mais alto que qualquer coisa.

Em tempo: O Disque-Denúncia recebeu informações sobre um plano para matar o juiz Alexandre Abrahão, da 1ª Vara Criminal de Bangu, que julga os casos dos bicheiros Rogério Andrade e Fernando Ignácio. Que cada um faça a sua parte

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