Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sábado, 17 de setembro de 2011

Polícia impede comerciante grego de atear fogo a si mesmo pela 3ª vez

Nodas Stylianidis/www.photoreportage.gr/Reuters

O suicídio provocado pela impotência diante das situações adversas, por desespero, por abatimento moral ou por depressão, não honra o humano que há no sujeito. Ao contrário do suicídio pensado, filosófico ou político. De qualquer maneira é considerado crime e, na religião cristã, pecado. Todavia, é um dos poucos motivos válidos para uma reflexão profunda, já que não se pode escolher nascer, mas pode-se escolher morrer, até porque a morte é uma das poucas verdades ou certezas existentes (as outras são o tempo e o espaço).

No caso das fotos acima, publicadas no Brasil pelo jornal Folha de São Paulo, a tentativa de suicídio do comerciante grego, de 55 anos, foi por desespero. A Grécia está falida e sua empresa, ídem. É a terceira vez que ele tenta morrer queimado. Por desespero e por protesto, por isso que tem que ser em público. Mas a polícia evitou e ele foi internado com queimaduras, mas vaki sobreviver e continuar sofrendo, tendo que encarar a situação adversa.

Não conseguindo agar suas dívidas e sem perspectiva de futuro, o empresário (o nome não foi revelado) parou em frente a uma agência bancária, derramou gasolina no seu próprio corpo e ateou fogo. Foi a terceira vez, desde 2010, que ele tentou se matar e não conseguiu. 

Pelo mesmo motivo um rapaz que perdeu a licença para vender frutas em uma barraca na Tunísia ateou fogo em seu próprio corpo e morreu. No caso da Tunísia, o suicídio do rapaz, cujo motivo incluía também o desemprego naquele país, deu início a manifestações de rua que culminaram com a derrubada do ditador Zine el Abidine Ben Ali, que estava no poder havia 23 anos. O grego, todavia, não conseguiu seu intento. Mas o país está falido e há muitas manifestações de rua contra a situação de falência e desemprego.  

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