Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quinta-feira, 13 de outubro de 2011

População chega a 7 bilhões e ONU está preocupada com a falta de água e comida

O homem, enquanto ser humano, é o maior predador do planeta, pois além de usar o polegar, que permitiu a fabricação de objetos, criou armas que tornou-o, senão o mais forte, o mais destruidor entre os seres vivos e, com o desenvolvimento da tecnologia e da medicina, o mais protegido contra a morte.

Com tudo isso (aliado, é claro, a outros fatores), cresceu em número de maneira astronômica nos últimos séculos e chega, este mês, a sete bilhões em todo o globo terrestre. Estima-se que haverá, em algumas décadas, falta dágua para a manutenção da vida (humana, pelo menos) em muitas regiões. Já faltam alimentos, mas a questão alimentar é colocada na esfera do sistema econômico, pois as nações famintas são pobres.

Há uma grande preocupação com a superpopulação do planeta, mas um paradoxo se impõe, eliminando o caminho para uma solução do problema: as famílias mais educadas têm menos filhos, porém, como o homem vive cada vez mais anos, com cada vez mais direitos aos idosos, corre-se o risco de existir uma população enorme de velhos, e diminuta de jovens e adultos que trabalham para sustentar a todos. Assim, não se pode reduzir o número de nascimentos que sempre supera os de morte. 

Há quem pense que o homem vai se alimentar de sintéticos, mas é pura imaginação de ficcionistas, porque o organismo humano teria que ser outro. A produção de alimentos tem que, necessariamente, crescer mais e mais e a necessidade de água será cada vez maior. Surge um outro grande problema: se a tendência é faltar água, como obtê-la para irrigar lavouras? A saída, os ingleses estão tentando, ou seja, dessalinizar a água do mar. O custo é astronômico. E mesmo se não fosse ou que seja um dia possível, como ficam as nações e as comunidades situadas longe dos mares? 

Há quem anteveja uma terceira guerra mundial, infinitamente mais devastadora que a segunda. Todavia, pensar na morte da humanidade ou grande parte dela é um contra-senso para o humano que faz tudo e algo mais pela vida... do ser humano. Nem os religiosos acreditam mais que Deus provê. A realidade é mais forte que qualquer crença numa entidade toda-poderosa que dará um jeito, mesmo a custa de todos os demais entes da natureza. 

Sem solução e sempre na busca de uma saída, o homem ainda age como se fosse eterno, geralmente olhando para o próprio umbigo. Sente pelas vítimas do sistema que criou e desenvolveu, mas faz muito pouco para, pelo menos, minorar os problemas coletivos. "Cada um por si e Deus por todos", ainda pensa. Se "os outros" estão com problemas, Deus deve resolver, pois "eu cuido dos meus". Pensando assim, justifica sua omissão, evitando a angústia que seria provocada pelo sentimento de culpa. 
 
Várias agências da Comissão Econômica das Nações Unidas já pediram mais providências de governos de todo o mundo para lidar com o aumento da população mundial em 7 bilhões de habitantes. Um dos maiores problemas é a falta de infraestrutura em várias regiões, principalmente o acesso à água e ao saneamento básico.

Assim caminha a humanidade!

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