Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sarney vai morrer e deixar sua fazenda, o Maranhão, para a família

Os movimentos Fora Sarney nunca deram resultado positivo

e Sarney continua mandando no Maranhão, um Estado de miseráveis, agora , via Roseana

Alguns bens da família (como a ilha da foto) conseguidos a custa do povo brasileiro

e uma mostra que o Maranhão lhe pertence

enquanto o povo sofre
com a miséria
Mas Sarney não larga o osso

José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, nascido em 1930, adotou o nome Sarney em 1965. Mas isso não vem ao caso (aliás, essa é uma historinha bastante conhecida). O que importa aqui é que Sarney ingressou na carreira política em 1954 no antigo PSD, partido das oligarquias. Foi suplente de deputado federal.  Depois, foi para a UDN, considerado um partido de extrema direita. Pela UDN foi eleito deputado federal em 1958 e 1962. Com o golpe militar de 1964, sendo aliado dos militares, Sarney conseguiu apoio de Castelo BRanco, primeiro ditador e elegeu-se governador do Maranhão em 1965.

Nesa época, os partidos foram extintos e foram pemitidos apenas dois: ARENA e MDB. O primeiro, reunia os liberais e a direita. O segundo, todos que não foram cassados e estavam nas siglas populares. Foi eleito senador em 1970 e 1978. Presidiu o ARENA em nível nacional e, com o fim dos dois partidos e a criação de novos, foi para o PDS, durante o governo do general João Figueiredo.

Na eleição presidencial brasileira de 1985, descontente com a candidatura de Paulo Maluf à presidência, Sarney retirou-se da presidência do PDS para criar o Partido da Frente Liberal (PFL) e assim, construir uma Aliança Democrática com o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e concorrer à vice-presidência, junto à chapa de Tancredo Neves. As eleições eram indiretas, com os mandatários escolhidos pelo Congresso. Tancredo vence Maluf, mas morre antes de tomar posse. Sarney assume a Presidência.

Seu período, todos se lembram, foi conturbado. Vivemos um dos piores momentos da nossa história na democracia. A hiperinflação arrebentou com os pobres brasileiros, fez a festa dos que aplicam em bolsas e Sarney ainda implanta o Cruzado, moeda nova com um plano que congelou os preços e deu ao seu partido de então, o PMDB, uma vitória esmagadora nas urnas, em 1986.

Leonel Brizola, governador do Estado do Rio, que combatia o plano, foi duramente criticado pelas "fiscais do Sarney", donas de casa que saía às compras e mandava fechar lojas e supermercados que não congelassem os preços. Após a eleição, o plano foi deixado de lado e a hiperinflação levou o Brasil ara o abismo. Sucedeu-se uma grave crise de abastecimento, a cobrança de ágio disseminada entre fornecedores e a volta da inflação. Outros planos posteriores vieram, como o Plano Bresser e o Plano Verão, sem sucesso no combate à escalada inflacionária.


Sarney também colocou os tanques de guerra cercando o Congresso, porque queria mais dois anos de mandato e, ao final, tirou os tanques em troca de mais um ano. Capengando, fazendo negociatas espúrias que repercutiram internacionalmente, Sarney chegou até 1990, quando passou o cargo para a mais nova invenção da direita, Fernando Collor que foi eleito em 1989. Cassado, após um período que não resolveu a situação econômica, a Presidência foi ocupada pelo mineiro José Itamar, que criou uma nova moeda, o Real, e começou a dar um jeito na economia. Seu sucessor, Fernando Henrique, consolidou o novo plano. Que só foi possível porque a Bacia de Campos já estava produzindo muito petróleo e quase não precisávamos importar o produto, possibilitando, enfim, a recuperação da economia.

Sarney, com muitos processos na Justiça e denunciado internacionalmente por atos de corrupção, não podia ficar sem mandato. Mesmo sem condições legais para mudar seu título eleitoral, assim o fez. Para não arriscar perder a eleição, candidatou-se pelo Amapá e, com apoio maciço de seus aliados, elegeu-se senador. Estava assegurada a imunidade. O fato foi denunciado, porque ele não poderia mudar o título de eleitor fora do prazo. Mas ex-Presidente é Presidente e valeu seu peso político.

É o parlamentar mais antigo no Congresso, presidente do Senado várias vezes e um dos políticos mais influentes do Brasil. Continua mandando no Maranhão que é um Estado conhecido como pertencente à família Sarney. Os dados comprovam isso.

As fotos com as imagens de Sarney e do Maranhão foram-me enviadas por email pela amiga Leonice Pereira, atriz, professora e advogada. A postagem, que ela também recebeu por email, é denunciadora, mas irônica. Reproduzo-a em parte.


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