Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 18 de maio de 2012

Os magistrados, certos ou errados, defendem seus pares

As entidades que defendem os magistrados publicaram nota repudiando as críticas de Garotinho a um deles. Alguns blogs locais publicaram a nota dos magistrados. O que faltou foi uma nota, mesmo que em "pé de página" para dizer o óbvio: as entidades dos magistrados existem para defender os magistrados. Não valem para formar opinião.

Lembro que, quando um magistrado me condenou (um deles) a pagar R$ 200 mil (ainda devo) ao então prefeito de Miracema Gutemberg Damasceno, à época, do PV, por ter eu emitido uma opinião (um pequeno artigo irônico intitulado De Pijama) sobre a declaração do alcaide, de que renunciaria ao cargo se a população não desse uma surra no seu desafeto, o ex-prefeito Ivany Samel e, ainda, me condenou à prisão, a imprensa de Campos me defendeu (quando fui preso) e a Associação dos Magistrados defendeu o tal juiz. 

Poderia ser diferente? Claro que não. As entidades de classe existem para defender seus membros. Caso contrário, não teria sentido. Exceções acontecem, mas por pressões políticas ou quando a situação fique insustentável legal e moralmente. Porém, antes de chegar a esse ponto, as entidades representativas das classes defenderão seus membros "com unhas e dentes".

Portanto, a nota das entidades que defendem os magistrados não serve para nada, senão para mostrar que os deuses (o juiz pensa que é Deus, mas o desembargador têm certeza) se unem contra os pobres mortais. 

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