Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Neco, como Carla, na Polícia Federal


O site Ururau na cobertura do (não) depoimento de Neco à Polícia Federal

Envolvidos na 'Operação Machadada' prestam depoimento na PF

Advogada diz que Neco se reservará ao direito de falar em juízo
Advogada diz que Neco se reservará ao direito de falar em juízo
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O candidato à Prefeitura de São João da Barra, José Amaro Martins de Souza, o Neco, e outros seis que concorrem ao cargo de vereador prestam depoimento na sede da Polícia Federal, em Campos. Eles são acusados, pela Polícia Federal, de formação de quadrilha e compra de votos. 

Os depoimentos duram cerca de 30 minutos. Mas, de acordo com a advogada do PMDB e dos envolvidos, Maria Letícia Barros, todos os envolvidos estão se reservando ao direito de só falar em juízo. Inicialmente a defesa está trabalhando com a alegação de atipicidade do crime, por entender que não houve formação de quadrilha.    

“Não houve negociação. Nossos clientes não participaram de esquema formado”, disse Letícia acrescentando que só tiveram acesso às provas na tarde de quinta-feira (04/10). 

A advogada alega também que o material (gravação de vídeo e áudio) não foi periciado e, por isso, considera a ação da Polícia Federal arbitrária em determinar a prisão da prefeita Carla Machado e vereador e candidato a vice-prefeito, Alexandre Rosa, fato este ocorrido na madrugada do dia três de outubro. 

“Eles não participaram dessa coaptação de candidatos. Sem falar que esse crime nem se quer existe na legislação eleitoral. A operação baseada num crime que não existe. Solicitamos a perícia das provas, pois pode ser que a gravação da Carla seja uma montagem, mas isso só a perícia é que vai provar”, alega Letícia.

Após depor, Neco foi liberado e imediatamente retornou a São João da Barra. Antes de deixar a delegacia ele falou com a imprensa e disse que tudo isso que está acontecendo não tem nada haver com seu registro de candidatura. O candidato a prefeito atribuiu a ação da Polícia Federal como um ato político e arbitrário.

“A população pode ficar tranquila. Domingo estarei lá para votar. Desconheço as todas as acusações. Sou o único candidato filha limpa”, disse Neco que permaneceu em silêncio durante o interrogatório.

Quanto a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), instaurada pela Promotoria de São João da Barra junto à 37ª Zona Eleitoral, que requer a cassação do registro ou do diploma, além de inelegibilidade por oito anos e a aplicação da multa prevista no artigo 41-A, da Lei 9504/97, da Prefeita de São João da Barra, Carla Machado, do candidato à Prefeitura José Amaro Martins de Souza, conhecido como Neco, e de seu vice, Alexandre Rosa, caso sejam eleitos, a advogada disse que eles não foram intimados na esfera judicial em relação a nenhuma decisão. 

Segundo Letícia, tudo que está sendo ventilado na mídia local é especulação, pois até o momento o caso está em fase de inquérito de uma possível investigação. Disse ainda que não há possibilidade de haver prisão, se que cassação.

Além de Neco também estão prestando depoimento, os candidatos a vereador Renato Timótheo, Alex Firme, Alex Valentin, Silvana de Grussaí, Elisio Motos, e o ex-candidato Tino Ticalu. 

ENTENDA O CASO Prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PMDB) e o candidato a vice-prefeito na chapa do partido, Alexandre Rosa, foram presos pela Polícia Federal, na noite desta terça-feira (02/10), durante deflagração da "Operação Machadada".

Carla havia acabado de sair de Grussaí, onde participou de um comício do candidato Neco (PMDB), e estava se dirigindo com o motorista e dois advogados, a uma pousada, em Atafona, onde se reuniria com advogados, para tratar de assuntos relativos à campanha de Neco, quando foi abordada por Policiais Federais e conduzida para a Delegacia da Polícia Federal em Campos. Já o vereador e candidato a vice-prefeito na chapa do PMDB, Alexandre Rosa, também foi preso, em Água Santa, o que teria ocorrido na casa de Neco.

Carla e Alexandre foram autuados por formação de quadrilha e campos de votos. Eles só foram liberados após paragem fiança de R$ 60 mil e R$ 50, respectivamente.



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