Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quarta-feira, 3 de julho de 2013

Manifestantes repudiam o diálogo

O "Cabruncos Livres" reuniu, desta feita, poucas pessoas, que se manifestaram 

com palavras de ordem, em frente à Câmara, mas sem propostas definidas.

Na manifestação de hoje à noite dos Cabruncos Livres, alguns poucos médicos, alguns políticos derrotados na eleição de 2012 (Erick Shunk, Mackoul, José Geraldo, entre eles), alguns sindicalistas (petroleiros, servidores federais), alguns jovens universitários e secundaristas e alguns membros de partidos da esquerda mais radical e, com várias faixas, alguns catadores do antigo "lixão" que, segundo informações não confirmadas, receberam faixas, transporte e lanches. 

Mesmo com pouca gente na manifestação em frente à Câmara, o presidente da Casa, Edson Batista, que estava de plantão para receber as lideranças do movimento, ao lado do vice-presidente do Legislativo, o vereador Magal, enviou um recado para que os "cabruncos" escolhessem cinco ou sete membros que ele os receberia para discussão de uma pauta. 

Colocada em votação, o grupo que desejava o encontro foi derrotado pela esquerda mais radical, que se manifestou dizendo que não quer o diálogo. Dr. Edson estranhou o fato, pois na democracia, ao contrário dos movimentos que participamos durante a ditadura, há que prevalecer o diálogo e ele estava ali pronto para receber as lideranças do movimento. Mas soube que o movimento está dividido entre os que desejam o diálogo e os mais radicais que não o querem.

Conclui-se que é a revolta pela revolta, o que não leva a lugar nenhum. Além disso, manifestação sem liderança tende ao esvaziamento. O grupo consequente, que deseja o diálogo, perde para os rebeldes sem causa. A tendência é o movimento estreitar-se, formando um gueto. Para Edson Batista, "é lamentável". 

Registre-se que os manifestantes, pautados por uma mídia raivosa, equivoca-se, revelando a imaturidade de seus membros, mesmo aqueles que já têm algum tempo de estrada, pois cobram do Legislativo o fim do voto secreto. A Câmara não tem voto secreto. Cobra orçamento participativo, mas a lei do orçamento tramitou na Câmara por mais de um mês e ninguém se manifestou, nem os vereadores da oposição. 

Cobra transparência no debate da Lei Orgânica (a Constituição Municipal), mas esta está sendo elaborada com debates com a sociedade desde fevereiro, tendo sido realizadas dezenas de reuniões com instituições das áreas de saúde, educação, cultura, agricultura, transportes, desenvolvimento econômico, inclusive com sessões especiais e audiências públicas. Mais ainda: o presidente da Casa prorrogou o prazo de sua votação para setembro, para que mais pessoas interessadas participem do debate. Cobra transparência, quando não há nenhum legislativo com mais transparência que a Câmara de Campos. 

Enfim, a Câmara de Campos está em consonância com os preceitos democráticos e com a sociedade. E seu presidente sugere que se cobre de todas as entidades que recebem verbas públicas um, portal da transparência, inclusive a mídia, e que os dirigentes dessas entidades sejam reeleitos apenas para mais um mandato, como ocorre com o executivo. 

Dr. Edson Batista acrescenta que está disposto ao diálogo com qualquer setor da sociedade que tenha alguma contribuição a dar para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, no âmbito municipal e dentro dos preceitos constitucionais.  

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