Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Livro sobre minha prisão será lançado amanhã, na Câmara

Centenas de pessoas, principalmente os repórteres fotográficos, jornalistas, artistas e intelectuais, participaram da intensa movimentação de rua objetivando minha libertação quando fui preso, pelo que ficou caracterizado por crime de opinião (justamente porque foi motivada por artigos de jornal). O caso ganhou repercussão nacional e internacional. 

Entidades nacionais como a OAB estadual, a Associação Brasileira de Imprensa, a Federação Nacional dos Jornalistas e internacionais como Repórteres Sem Fronteiras, Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA), mobilizaram-se pedindo a minha libertação. Matérias sobre o caso foram publicadas em sites de notícias do Brasil, da França, da Alemanha, dos EUA e de diversos outros países.

Aqui em Campos, jornais (principalmente a Folha da Manhã), rádios (principalmente a Difusora), TVs, noticiaram diariamente o caso. As entidades como o Sindicato dos Jornalistas (extinto depois por manobras do sindicato estadual, com sede em Niterói), a OAB (Andral Tavares, presidente e Paulo Rangel de Carvalho, este, Conselheiro Estadual da OAB), a ARTA, a AIC, a Uniflu/Fafic, mobilizaram-se o quanto puderam. Articulistas (muitos) escreveram em jornais e blogs repudiando o ato. 

A Câmara de Vereadores merece destaque, porque mobilizou-se em favor da minha liberdade e a Comissão de Direitos Humanos protestou em frente ao presídio, com discursos dos saudosos Renato Barbosa e Sérgio Diniz. Garotinho usou de sua influência para que eu obtivesse um Habeas corpus (sempre negado). Arnaldo Vianna ajudou com recurso para que uma comissão fosse a Brasília buscar apoio do Congresso. Não dá para citar todos. Por certo vou me esquecer de muitos nomes. Que me perdoem, mas o livro traz muitas fotos e registros da campanha. Inclusive, um pequeno diário (até meio simplório), que escrevi na prisão. 

Enfim, foi algo nunca visto na história recente do município. No caso da defesa de um jornalista e da liberdade de expressão, foi único. E memorável. Thiago Freitas, filho de meu amigo e grande jornalista, Paulo Freitas, me conheceu naqueles momentos. Também ali iniciava no jornalismo, juntamente com seu primo, Alexandre Bastos.

Agora, passados 10 anos (29 de agosto a 10 de setembro de 2003), Thiago resolve escrever sobre o caso, no que ele mesmo classifica como "uma grande reportagem". Para tanto, garimpou o quanto pode, ouviu muita gente e, por certo, deve estar muito bom o livro, que terá 234 páginas e deve custar R$ 30,00 no lançamento. Nas livrarias, creio, será R$ 35,00.

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