Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







terça-feira, 15 de abril de 2014

Câmara resgata para o povo de Campos o Monitor Campista

 Dr. Edson Batista, presidente do Legislativo e responsável 
pelo retorno ao povo de Campos do acervo do Monitor Campista

“São 180 anos de história, cujo primeiro registro é datado de 1834. Aqui temos registros de fatos como Estado Novo de Getulio Vargas e tantos outros importantes para nossa história. É muito importante poder dar esse presente para a população”, disse Edson Batista, acrescentando ainda: 

“Já estamos entrando em contato com a Biblioteca Nacional, pois ficaram de fazer um trabalho de higienização, recuperação, digitalização e microfilmagem do arquivo e vamos fazer isso aos poucos, pois o custo é muito alto e sozinha a Câmara não tem como arcar, mas vamos buscar parcerias que possibilitem o trabalho”, completou o presidente da Câmara.

“Na exposição estaremos apresentando o Monitor Campista, através do próprio Monitor já que conseguimos recuperar todos os cadernos especiais do jornal, inclusive os editados a partir de 2007 a 2009, que contam a história de 173, 174 e 175 anos do jornal”, disse Wellington, que é o curador da exposição do Memorial.
 
Wellington Cordeiro, curador da exposição
 
“Se a felicidade absoluta não foi possível, já que seria o não fechamento da empresa Monitor Campista, pelo menos um alento de ter o rico acervo de volta”. A frase foi dita pelo fotógrafo Wellington Cordeiro que, ao lado do presidente da Câmara Municipal de Campos, Edson Batista, e o diretor de Multimídia da Casa de Leis, Wilson Heindenfelder, acompanhou a chegada do acervo do terceiro jornal mais antigo do país, Monitor Campista, em sua volta para casa, fato este ocorrido na tarde desta terça-feira (15/04). 

Quando perguntado sobre a importância do retorno do acervo do Monitor para Campos, Wellington Cordeiro disse que: “Tirando a questão emocional que quando soube que o caminhão tinha chegado e corri pra cá, pois queria ter certeza isso realmente tava acontecendo, o que era o grande sonho da gente, principalmente quem trabalhou lá, por outro lado dá uma satisfação de estar reparando um grande erro. 

Desde quando foi fechado em 2009, imediatamente lançamos a campanha Viva Monitor, fizemos duas manifestações na cidade, mas infelizmente não tivemos a força suficiente para reparar essa perda para cidade e agora com a adesão da Câmara nessa luta, juntos conseguimos trazer o acervo e não só isso, mas garantir que ele seja cuidado da maneira correta, principalmente com a promessa da Câmara de fazer um trabalho de digitalização de todos os jornais. 

Isso é muito importante para que o acesso chegue a todos arquivos, pois o jornal não dá já que são páginas de quase duzentos anos, são muito frágeis. A digitalização vai permitir um acesso ilimitado, talvez até mais tarde no próprio site da Câmara”, finalizou. 

Os volumes do Monitor quando chegaram à Câmara


São 273 edições que temporariamente vão ficar abrigadas em uma sala da Câmara preparada especialmente para receber o Memorial Monitor Campista, que será apresentado às autoridades do município, jornalistas e representantes de movimentos sociais nesta quarta-feira (16/04), às 17h, ao som da banda da Polícia Militar e da Orquestrando a Vida. No Memorial ficará exposto o acervo do jornal, peças como a primeira máquina impressora (prelo), um prelo de rolo e uma máquina de escrever e imagens fotográficas doadas pelo Museu Barbosa Guerra, do arquivo pessoal de Wellington Cordeiro e do historiador e ex-funcionário do Monitor Campista, Hélvio Cordeiro.

Edição de 1839
 
Registre-se que  a redação do Monitor Campista foi a primeira a ser beneficiada com a luz elétrica, em 24 de junho de 1883, antes das empresas do Brasil e da América do Sul. 

(Extraído do jornal virtual Ururau - Fotos: Gerson Gonçalo)

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