Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sábado, 12 de julho de 2014

Argentina vence Copa de 78 graças aos militares e em 86, graças a Deus

A seleção brasileira principal era composta assim: Leão, Amaral, Batista, Oscar, Toninho Cerezo, Dirceu, Nelinho, Rodrigues Neto, Zico, Gil e Roberto Dinamite. Os reservas que jogaram: Chicão, Edinho, Reinaldo, Rivelino. Outros Reservas: Carlos e Valdir Peres (goleiros), Abel, Jorge Mendonça, Polozzi, Toninho e Zé Sérgio.

Sem derrotas na Copa, consolo da seleção brasileira é 'título moral' na Argentina

A preparação brasileira para a Copa de 1978 foi conturbada, assim como nas competições anteriores. O time começou as eliminatórias com Osvaldo Brandão no comando, mas ele foi substituído por Cláudio Coutinho após o empate em 0 a 0 com a Colômbia.
Com Coutinho à frente, a equipe não teve problemas para se classificar. Venceu quatro e empatou um dos jogos restantes, marcando 17 gols e sofrendo apenas 1. O Brasil viajou para a Argentina com uma equipe cheia de craques - do goleiro Leão - um dos melhores do mundo - ao craque Zico e ao artilheiro Roberto Dinamite. No entanto, a seleção estava prejudicada por diversas contusões e pela falta de conjunto.
Na primeira fase, estreou com um 1 a 1 diante da Suécia (gol de Reinaldo), ficou no 0 a 0 com a Espanha e, precisando derrotar a Áustria para se classificar, venceu apenas por 1 a 0.
Na fase semifinal, o desempenho brasileiro melhorou sensivelmente. Já era outro time contra o Peru, jogo que venceu por 3 a 0, com gols de Zico e Dirceu (dois). O confronto seguinte foi o mais difícil do Brasil na Copa, contra a arquirrival Argentina. Disputada e violenta, a partida ficou no 0 a 0.
Na última rodada da semifinal, contra a Polônia, o time fez mais uma boa apresentação. Nelinho abriu o placar para os brasileiros, mas Lato, artilheiro da Copa anterior, empatou. Na etapa final, Roberto Dinamite marcou duas vezes e garantiu a vitória por 3 a 1.
Apesar dos bons resultados, o Brasil não se classificou para a decisão. A Argentina fez 6 a 0 no Peru (em jogo que ficou sob a suspeita de ter sido "arranjado") e ficou com a vaga graças ao saldo de gols.
Restou a decisão do terceiro lugar contra a Itália, e o Brasil ganhou de virada, por 2 a 1, terminando a Copa invicto. O técnico Cláudio Coutinho, então, cunhou uma expressão que até hoje serve para definir o desempenho brasileiro naquele mundial: "somos os campeões morais", disse, em referência à controversa e inesperada goleada sofrida pelo Peru diante da Argentina, que eliminou o Brasil da disputa pelo título.
Frase do técnico após a vitória sobre a Polônia, que colocou (colocaria) o Brasil na final: 

  • "Boa, garoto, 3 a 1 foi o suficiente. A Argentina não faz 4 gols no Peru. O Peru não tomou 4 de ninguém na Copa, não toma hoje."

    Cláudio Coutinho para Leão, após o Brasil vencer a Polônia por 3 a 1 
(Sobre matéria do UOL Esporte)
Em 1986 a Argentina foi auxiliada não pelos milicos, mas por Deus, segundo Maradona que declarou, após fazer o gol com a mão: "Foi a mão de Deus".  Maradona fez também o gol mais emblemático das copas, pois driblou cinco ingleses, desde o meio campo e marcou. O jogo foi 2 X 1. Mas, claro, o gol que gerou polêmica e ironia de Maradona, que fez o gol com a mão, foi marcante para a vitória e a taça. 

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