Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Polêmica sobre textos bíblicos e pornografia

Bíblia sempre foi uma escola de perversão e culpa

da colaboradora Lukretia


A suruba de Ló com suas filhas


Sem querer entrar no mérito da questão (e já entrando, pois quem fala isso pretende justamente o contrário), eu penso que a Bíblia, como livro espiritual, de uma tradição consagrada, como no Ocidente, por conta da origem judaico-cristiana. 

É um livro que merece respeito como qualquer outro, por ser literatura, ter autores, etc. E também por respeito aos leitores. Não vejo com bons olhos o ataque à literatura, pois imediatamente associo às fogueiras, aos Index Librorum Prohibitorum, etc. Seria o caso de queimar as Bíblias em grandes fogueiras?

Por outro lado vejo com bom-humor a troca dos ateus de Bíblias por revistas pornográficas, pelo menos "o espírito" da coisa devia ser esse; ironia, certo sarcasmo, até, em fazer por analogia uma recordação que a Bíblia também contém pornografia, e da mais arcaica que pode existir. 


Vide os casos homossexuais de David e Jonathan, Ruth e Noemi; ou a suruba de Ló com as filhas; o incesto de Judá e Tamar; o adultério homicida de Davi e Betsabá e a origem espúria adulterina e assassina de Salomão; as mil mulheres deste e seus eunucos, sua idolatria; a pedofilia de David velho com cobertores de meninas jovens; a prostituição de Sara, mulher de Abraão, prostituída aos egípcios pelo próprio marido (!). 


Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem. 



A Bíblia é uma escola de perversão e culpa, e ninguém precisa nos dizer que novidade é isso! 

Temos a história do Ocidente pra nos lembrar. Os reis de Inglaterra e França, suas guerras e cobiças por sexo, dinheiro e terras. Os abusos sexuais de crianças mesmo régias, e adolescentes sodomizados por adultos inescrupulosos. Vide o caso de Ricardo Coração de Leão e Felipe de França. 

Não vejo contraprodutividade nenhuma na troca de Bíblia por revista pornográfica. A inteligência é sempre produtiva. Eu faria o seguinte: não trocaria a Bíblia, acrescentaria ao exemplar trazido outro, educativo, questionando suas aparentes verdades sob outro prisma, não de palavra divina, mas humano, e, como tal, merecedora de crítica, porém de respeito.


Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem. 

Nenhum comentário: