Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







domingo, 11 de janeiro de 2015

Paris: 1,5 milhão contra do terrorismo


Cerca de um milhão e meio de pessoas participaram da marcha pela liberdade, e contra o terror, na capital francesa, neste domingo (11). Líderes de vários países europeus e de outras partes do mundo participaram do ato nas ruas de Paris, após a convocação feita pelo presidente francês, François Hollande.
Familiares das vítimas dos atentados terroristas contra a revista satírica Charlie Hebdo e a um supermercado judaico, nos quais morreram 16 pessoas, lideraram a marcha. O lema "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie") predominou nos cartazes exibidos pelos manifestantes.
Outro adesivo bastante presente no ato dizia: "Todos unidos: ateus, cristãos, judeus e muçulmanos contra o fanatismo". Bandeiras de países como Argélia, Palestina e Turquia também marcaram presença. O lápis, representando o apoio à equipe do "Charlie Hebdo", foi um dos principais símbolos da marcha. 

Os manifestantes tiveram que esperar para começar a caminhada, pois o presidente francês, François Hollande, e os dirigentes mundiais que foram a Paris participar do evento, que saíram de ônibus do palácio presidencial, chegaram um pouco atrasados.
Cerca de 2,2 mil policiais e soldados patrulhavam as ruas de Paris para proteger os manifestantes de eventuais ataques, com atiradores de elite da polícia sobre os telhados e detetives à paisana misturando-se com a multidão. Esgotos da cidade foram revistados antes do evento e estações de trem em todo o percurso ficaram fechadas
A marcha, que estava marcada para começar às 12h (horário de Brasília) foi feita em silêncio, numa demonstração de solidariedade e também do profundo choque diante do pior ataque islâmico em uma cidade europeia em nove anos.

Entre os líderes presentes no evento estavam a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, os primeiros-ministros de Reino Unido (David Cameron), Itália (Matteo Renzi), Espanha (Mariano Rajoy) e Israel (Benjamin Netanyahu), o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e muitos outros.
Até mesmo o ex-presidente francês Nikolas Sarkozy, rival de Hollande, se juntou às personalidades políticas com sua mulher, Carla Bruni. "Os nossos valores são mais fortes do que as ameaças deles. Estamos aqui para dizer que não vamos parar, não vamos ficar imobilizados pelo terror e pelo medo. De Paris deve partir uma mensagem de dor e proximidade, mas também de retomada e futuro", declarou Renzi, acrescentando que é preciso afirmar valores maiores que o horror.
Após a caminhada, o presidente francês François Hollande fez questão de abraçar e conversar com os familiares das vítimas dos ataques. Os chefes de Estado e de Governo cercaram o presidente francês para fazer um minuto de silêncio, e depois Hollande se aproximou do grupo de parentes das vítimas dos jihadistas mortos pelas forças de ordem. Ele conversou e abraçou os presentes em uma cena que comoveu a multidão.
"Vai ser uma manifestação sem precedentes, que será escrito nos livros de história", disse o primeiro-ministro Manuel Valls antes do início da marcha. "É preciso mostrar o poder e a dignidade do povo francês, que vai clamar seu amor pela liberdade e pela tolerância", acrescentou.
(Matéria extraída do Jornal do Brasil)

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