Avelino Ferreira, 63 anos, brasileiro, casado, sete filhos, sete netos. Jornalista; escritor; professor de Filosofia.







sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A oposição em Campos vai criticar Pezão pela antecipação dos royalties?

A oposição em Campos não tem propostas que consubstanciem suas críticas ao governo municipal. A maior parte da oposição é constituída de oportunistas. A outra parte é, pura e simplesmente, contra Garotinho. Se há uma proposta, esta é: derrotar Garotinho. Para tanto,  não importa as contradições, o ridículo, a mentira, a farsa. Claro que há aquela parcela da oposição que, ao que parece, é contra todos os governos. Há governo? Sou contra. Mas é uma parcela ínfima de anarquistas que sequer conhecem Kropotkin. Ou Bakunin.

Um parte dos oposicionistas da terra que um dia foi dos goitacá uniu-se ao governador Luis Fernando Pezão, cria de Garotinho que bandeou-se para o lado de Cabral, este também eleito com apoio de Garotinho. Sem moral, sem competência administrativa, Pezão privilegia, como Cabral, as elites. Faz coro com os banqueiros, empreiteiros e as organizações Globo. Segue o caminho traçado e percorrido por Cabral, que enriqueceu com a farra do dinheiro público, favorecendo amigos que enricaram, também, com as benesses governamentais. 

Quando Garotinho, prevendo a crise que abalaria as finanças de Estados e municípios, principalmente os produtores de petróleo, conseguiu convencer a Rose de Freitas e o Marcelo Crivella, que o momento era de negociação e uma das medidas emergenciais seria a antecipação de receita dos royalties, via empréstimos bancários, os oposicionistas inflaram o peito e gritaram a plenos pulmões que estava ele vendendo o futuro de Campos. Leviandade? 

Diversos prefeitos recorreram a Garotinho para saber como elaborariam o projeto que deveria ser aprovado pelas Câmaras de Vereadores para, com ele, conseguirem os empréstimos que salvariam suas administrações da bancarrota. Da região, o único qque não precisa é São João da Barra, que tem 34 mil habitantes e uma receita de mais de R$ 500 milhões (Campos tem 500 milhões de habitantes e uma receita de R$ 1,5 bilhão). Ou seja, um bairro de Campos recebendo a terça parte do orçamento global do município. Mas o restante, Macaé e Cabo Frio, principalmente, estão sofrendo muito com a crise econômica e a perda da receita dos royalties.

O Estado do Rio, também. E, para amenizar a situação, o governador Pezão teve que recorrer a antecipação dos royalties do petróleo. São R$ 3,5 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão já está pronto para entrar nos cofres do Estado. 

Para manter um mínimo de coerência, a oposição papa goiaba deverá usar as mídias para criticar com veemência o governador, pelo que ela denominou "Venda do Futuro". Deputados como Geraldo Pudim, João Peixoto, Papinha (para citar os mais próximos) e vereadores como Rafael Diniz, Marcão, Fred Machado, Nildo Cardoso e outros menos cotados, devem vir a público, com a mesma veemência com a qual criticaram Garotinho, para criticar Pezão. Caso contrário, correrão o risco de ironias daqueles que acompanham a política mais de perto. 

Todavia, sabemos que vão se calar quanto aos atos do governador. Isso porque, está claro, o que importa não é a verdade, a decência, uma política maiúscula, mas sim, tentar causar desgaste à administração de Rosinha e à imagem de Garotinho. Não há nenhuma preocupação com o futuro nem com a cidade. Às vezes, nem é o poder que almejam alguns, mas apenas a derrota do "grupo de Garotinho". Uma vergonha.  Mas, como digo sempre: os cães ladram e a caravana passa.  


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